Conheça cinco casais que fugiram do óbvio e criaram objetos capazes de resumir suas histórias
Nada de bem-casados ou bibelôs impessoais. Estes cinco casais escolheram oferecer a seus convidados como recordação de seu casamento objetos carregados de significados que remetem à sua história.Paixão ao primeiro show
Laura Rubio Silva, contadora natural de Taubaté, no interior de São Paulo, e Marcelo Silva, computólogo nascido em Salvador, Bahia, são fãs de rock. Eles se conheceram no Rio de Janeiro, no show do Rolling Stones em Copacabana.
Na saída, trocaram contatos e combinaram de assistir juntos à apresentação do U2, em São Paulo, dias depois. “Achei que nunca mais íamos nos ver. Nos desencontramos e acabei vendo o show sozinha. Mas o encontrei no final, na porta do estádio” conta Laura. Marcelo então a convidou para mais um show, do Marcelo Nova, desta vez em sua terra natal. Ela topou e foi nesta viagem que o namoro começou.
Com quase dois anos de namoro à distância, Marcelo arrumou um emprego que o permitia trabalhar de casa, podendo, assim, se mudar para Taubaté. Era o que faltava para realizarem, em 5 de setembro de 2009, o sonho de subirem ao altar.
A história dos dois foi traduzida na lembrancinha: peças de artesanato de figuristas de Taubaté em uma caixa de cerâmica com o calçadão de Copacabana na tampa, fechada com uma fitinha do Nosso Senhor de Bonfim, típica de Salvador.
Ecocasal Rodolpho Simas, consultor, é um carioca apaixonado por surfe. Conheceu a curitibana Cinthia Simas, jornalista, em São Paulo, na igreja que ambos frequentavam.
Um dos valores que os aproximou foi o respeito que cultivam em relação à natureza. Como casal, sempre se preocuparam em consumir somente o necessário e evitar desperdícios. Ele usa roupas de material reciclado e ela, bijuterias e objetos de decoração comprados em feiras de artesanato. Em casa, fazem coleta seletiva e evitam usar sacolas plásticas.
Cinthia e Rodolpho aproveitaram seu casamento, em 15 de agosto de 2010, para conscientizar os amigos. A lembrancinha foi uma sacola ecológica com a mensagem: “Um dos valores que queremos construir em nossa nova família é o cuidado com o meio-ambiente. Por isso, como lembrança do nosso casamento, damos a você esta ecobag, para que promova conosco o consumo consciente. Muito obrigado por seu apoio e sua presença!”.
Feito à mão Luciana e Marcos Yanos se conheceram na faculdade, no curso de Letras, apresentados por um amigo em comum. A afinidade foi imediata e o namoro engatou. Durante as aulas, eles não se desgrudavam.
Hoje, ele é empresário e ela, artesã. Em 21 de março de 2009, eles se casaram e a escolha da lembrancinha foi fácil: um chaveiro em formato de coração, confeccionado por ela. “Queria que os convidados levassem para casa algo feito por mim, com dedicação especial, nada fabricado por ‘atacado’”, conta Luciana.
O toque final ficou por conta do detalhe da tampa da caixa: uma réplica da caricatura feita pelo amigo que os apresentou durante uma aula da faculdade. “Guardo o original a sete chaves, com muito carinho”, diz ela.
De malas sempre prontas
Viajar é uma das paixões que a professora Juliana Marchiori e seu marido, o gerente de negócios internacionais Emerson Marchiori, compartilham desde a época do namoro. Foi em um passeio pelo centro histórico de Ilhabela (SP) que Emerson pediu à Juliana que aceitasse ser sua namorada. “Para mim, foi uma grande surpresa. Era noite, eu via as luzes dos barcos ao longe, e ele me abraçou e disse que queria mais de mim. Chorei muito”, diz Juliana.
Juntos, conheceram a Europa e viram o sol se por em muitas outras praias do litoral brasileiro, como a Praia da Pipa (RN), onde Emerson, dez meses depois, fez o tão esperado pedido de casamento.
A veia turística do casal foi traduzida em lembrancinha de casamento. Na saída da festa, os convidados receberam cartões postais de diversos lugares que o casal visitou, incluindo os destinos mencionados acima. Na frente do postal, junto com a foto, eles colocaram os nomes dos noivos, a data e uma caricatura. Na parte de trás, uma mensagem de agradecimento pela presença.
“Nós fomos morar juntos com apenas quatro meses de namoro e nos casamos um ano depois. Queríamos mostrar aos convidados que, apesar do pouco tempo, já tínhamos vivido muita coisa como casal. Esta foi a forma que encontramos de mostrar um pouco da nossa história”, explica Juliana.
Eixo norte-sul
O casamento da cirurgiã dentista Simone Sales e do empresário Alessandro Sales, em 17 de abril de 2010, representou a união de duas realidades brasileiras: ela vem do Sul e ele, do Nordeste. Eles se conheceram na terra dela, Porto Alegre (RS), onde ele, nascido em Fortaleza (CE), morava há dois anos. Durante o namoro, Alessandro conviveu bastante com a família de Simone e aprendeu muito sobre a cultura gaúcha. Ela conta que, hoje, ele é um churrasqueiro de primeira.
Por outro lado, os costumes cearenses não foram esquecidos. “Ele ainda guarda o hábito de deitar na sua rede e degustar uma cachacinha de sua terra”, diz Simone, que mantém o contato com os sogros à distância. Ela conta que Alessandro ainda torce para vê-la apreciando uma bela buchada, prato típico do Nordeste.
No broche que ofereceram aos seus convidados como lembrancinha de casamento, essa mistura de culturas foi representada em uma caricatura divertida, em que ela, vestida de noiva, segura uma cuia de chimarrão e ele, de terno e gravata, usa um chapéu de cangaceiro.
Fonte: http://delas.ig.com.br/noivas/cerimoniaefesta/historias+de+noivas+lembrancinhas+pessoais/n1237783867791.html
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