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Antigamente isto poderia horrorizar algumas tias da família, mas hoje casar se tornou um verbo mais amplo – e não pede necessariamente igreja decorada e buffet com requinte. Há quem se case assim, fazendo todo o ritual sonhado, e há quem prefira, como diriam as tais tias, “juntar os trapinhos”. Mas cada mulher vê sua opção de casamento com a mesma paixão.
A designer paulistana Nicole Unger sempre quis um casamento tradicional. O sonho vinha de muito tempo e foi realizado há cerca de três meses, com uma cerimônia completa, depois de oito anos de namoro com Mateus. “Eu sempre quis me casar conforme as tradições, ir morar junto só depois da celebração e tudo o que tinha direito. Isso é o que marca a passagem da relação”, diz Nicole.
Para Nicole, a família teve influência em sua escolha, pois sempre foi esperado que ela se casasse com todos os festejos oficiais. “Minha mãe não aceitaria qualquer outra forma de casamento, então foi algo que se tornou importante para mim também”, diz. Envolvidíssima no processo todo, Nicole não apenas definiu tudo sobre o casamento, mas também desenhou os convites e os cardápios do jantar. A mãe ajudou a fazer as lembrancinhas. “E foi muito bacana preparar tudo isso”, conta ela.
“Me senti casada assim que entrei no apartamento”
O contraponto – tão apaixonado quanto – vem da arquiteta Deborah Salles, nascida em Salvador. Dez anos atrás, quando o namorado decidiu se mudar da Bahia para São Paulo por causa do trabalho, ela sentiu que era “ir junto ou terminar”. Um ano mais tarde, seguiu Ênio e formou casal. “Me senti casada no mesmo dia em que cheguei, assim que entrei no apartamento”, diz Deborah. Não houve festa, nem lua de mel. Só mesmo a aliança que Ênio deu a ela selou o compromisso. “Sempre achamos o casamento em si um exagero com toda aquela pompa. Estar casada, para mim, é muito mais que este evento ou a assinatura de papéis”.
Os amigos não tiveram tempo de dar qualquer palpite porque Deborah nunca pediu – e a família também não fez pressão. Até porque os dois irmãos de Deborah seguiram o mesmo caminho: nenhum se casou com festa ou em cartório. “É de família, nenhum de nós foi criado sonhando com casamento”, diz. “Talvez um dia me dê vontade de fazer uma lua de mel, mas casamento em si, jamais”. Nem mesmo pelos filhos Pedro, 3 anos, e Victor, 2 anos? “Eles nunca tocaram nesse assunto por serem pequenos ainda, mas sei que não fará diferença pra eles. Somos os pais, que importa se casamos de roupa fina?”, completa.
A psicanalista Heloísa Mian Gajardo pesquisa relações familiares há duas décadas. Ela diz que a família conta muito para a decisão de se casar oficialmente (ou não), principalmente através dos exemplos. “Muitos antropólogos já concluíram que a família tem grande influência para determinar não apenas o desejo pelo casamento formal, mas também a qualidade desse casamento, a durabilidade e até mesmo a escolha do parceiro”.
Mas nem todo mundo que cresceu vendo o álbum do pomposo casamento dos pais opta pela cerimônia completa. Heloísa explica que romper com alguns valores do núcleo familiar pode ser um sinal de crescimento. “O autoconhecimento é fundamental também no momento de escolher se casar no papel ou não, para não tomar decisões baseadas apenas na repetição do comportamento de pais e avós”.
Saber direitinho o que se quer, independentemente dos valores da família, também é importante para outro aspecto. “Se vierem as frustrações pela escolha, será questão de resolver isso consigo mesmo e com o parceiro, e não culpando os pais, como muitos acabam fazendo”, completa Heloísa.
Aliança e validade
A psicóloga Lidia Rosenberg Aratangy é autora do livro “O Anel que Tu me Deste” (Primavera Editorial), sobre a evolução do casamento na sociedade . Para ela, a opção por um casamento tradicional ou uma união informal varia de casal para casal – e não de mulher para mulher. “Hoje muitos homens é que fazem questão de uma cerimônia. Ou ambos embarcam na ideia, para fazer a alegria do outro com uma celebração. Já quem decide não fazer, por outro lado, também pode se sentir completo dessa forma, desde que baseie a escolha em pilares firmes”. Segundo a psicóloga, fazer ou não o casamento não é, de forma alguma, um sinal de querer mais ou menos compromisso, mas apenas um ritual social.
“O compromisso é firmado entre as duas pessoas, uma em relação à outra, mas o ritual é outra coisa: é a afirmação disso para os demais”, completa Lídia. Para ela, igreja, buffet, véu e grinalda não têm a ver com “sentir-se casado”. “Sentir-se casado é algo à parte da festa. Esse era o engodo que existia no casamento de antigamente e que, felizmente, os mais jovens estão quebrando. Hoje as pessoas se casam ou se juntam e fazem esse matrimônio todos os dias, enquanto der certo. Uma aliança somente não valida nada: o que importa é querer ser casado”.
02-Teste: que tipo de festa de casamento mais combina com você?
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Link: http://delas.ig.com.br/noivas/teste+que+tipo+de+festa+de+casamento+mais+combina+com+voce/n1237892630627.html04-Vale a pena contratar um assessor para organizar o casamento?
Casais contam suas experiências com os consultores, que ajudam noivos a encontrar a ‘cara’ da festa e a negociar com fornecedores
A bancária Priscila Manzini, de 27 anos, até começou a organizar a festa de seu casamento sozinha. Mas quando viu a quantidade de detalhes que deveria preparar para a realização de um grande evento, decidiu contratar uma consultoria. “Fui ver os doces e me perguntaram se eu já tinha encontrado o fornecedor dos pratos para colocá-los. Pensei que era tudo junto, mas não era. São muitas coisas para ver e queria ter certeza de que não me esqueceria de nada”, ressaltou.
O casamento com o empresário Guilherme Nascimento, de 31 anos, aconteceu em dezembro de 2010, em São Paulo (SP), mas os preparativos começaram um ano antes. A festa para 200 convidados foi cuidadosamente organizada com a ajuda de uma assessoria e acompanhada de perto pelo casal. No início, o noivo achou exagero contratar uma consultoria, mas, no final, aprovou a iniciativa de Priscila. “A assessora ajudou na negociação com fornecedores e intermediou tudo para a festa sair como queríamos. No fim, meu marido confessou que foi o melhor investimento que fizemos”, relembra. No dia do casamento, a assessoria pode ajudar, e muito, para conferir se tudo ficou ao gosto da noiva. No casamento de Priscila e Guilherme, a contribuição foi bastante providencial. “No dia da festa algumas coisas deram errado. A decoração, por exemplo, não veio exatamente como eu havia pedido. A assessoria resolveu tudo, sem me deixar preocupada. Só fiquei sabendo depois”, explica Priscila.
A função do assessor é contribuir para o casamento sair exatamente como planejado. Ele pesquisa, indica e participa das negociações e definição de fornecedores, desde a compra de flores para a igreja até o cartão de agradecimento dos presentes. O profissional também gerencia todos os contratados. Assim, os noivos e seus familiares podem ter um dia sem preocupações. “É um profissional com conhecimento suficiente para ajudar o casal na escolha dos serviços que serão contratados, indicando sempre opções que se encaixem no perfil do evento”, esclarece a consultora de casamentos Samara Teixeira.
Quem determina o grau de envolvimento do assessor de casamento é o cliente. O profissional pode ser contratado para realizar todas as etapas de preparação para o grande dia ou para organizar simplesmente uma parte, como a recepção ou a celebração religiosa. Por conta desta diversidade de “pacotes”, o preço do serviço é bem variado – em média, o custo fica entre R$ 5 mil e R$ 15 mil. “A ajuda mais valiosa que estes profissionais podem oferecer são soluções concretas com a melhor relação custo-benefício, além de conseguir resultados mais vantajosos nas negociações por preços justos, descontos, prazos e formas de pagamentos”, esclarece Márcia Possik, organizadora de casamentos e cerimônias.
Tudo por conta Apesar dos benefícios de contar com a ajuda de um profissional do ramo, há quem prefira – e faça questão – de organizar tudo sem consultoria. É possível, se os noivos têm tempo e organização. A analista de sistemas Ana Paula Della Volpe, de 26 anos, e o gerente de operações Luís Eduardo de Oliveira Filho, de 29, se casaram em fevereiro de 2010, em São Paulo. Eles mesmos organizaram a cerimônia e a recepção para 100 convidados, com um planejamento iniciado um ano antes do evento.
A noiva aproveitou a experiência de amigas casadas para pedir indicações de fornecedores e pegar todas as dicas para tudo dar certo no grande dia. “Também pesquisei na internet indicações de serviços já contratados, mas toda a análise, contato e negociação com os fornecedores foram feitos por mim”, diz.
Segundo Ana, tudo correu de maneira tranquila, graças ao planejamento prévio e a ajuda das amigas. A única coisa que a deixou um pouco apreensiva foi a contratação do buffet, pois este foi o único item reservado sem indicação alguma. “Nossa intenção era fazer uma recepção pequena e tivemos dificuldade em encontrar um local com bom custo-benefício, o que demandou uma procura maior antes de decidir”, conta. Mas a surpresa foi boa. No final, todos os convidados elogiaram a comida e o atendimento do local.
A orientadora pedagógica Marjorie Scarpiello, de 31 anos, e o operador logístico Ronaldo Miranda Oliveira, de 34, não tiveram a mesma sorte. Eles se casaram em dezembro do ano passado, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, mas se decepcionaram com o buffet escolhido para a recepção. A organização do espaço, o atendimento aos convidados e a demora para servir as mesas mais distantes da cozinha deixaram a desejar.
“Como já havíamos ido a um casamento no local há cerca de dois anos e fomos muito bem atendidos, jamais imaginaríamos que algo pudessse não funcionar”, comenta Marjorie. Mesmo admitindo que, com a ajuda de um assessor, provavelmente não passaria por isto, ela não se arrepende de ter feito tudo sozinha. “Adorei preparar tudinho, desde as pesquisas até o conceito final. Como já tinha muita ideia na cabeça, chegava aos locais e apenas perguntava se dava para realizar o sonho – dentro do orçamento, claro”, completa.
fonte:http://delas.ig.com.br/noivas/20-perguntas-essenciais-para-as-noivas/n1597073576026.html
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