Imagine viajar para curtir o calor da Flórida e, ao sair do
avião, descobrir que foi levada aos Alpes Suíços. Mesmo achando os dois
destinos deliciosos, o choque com a mudança é brutal, já que nem roupas
adequadas para o clima local você tem. É mais ou menos essa a sensação
de muitos recém-casados, que idealizam um conto de fadas para depois do
“sim” e, com a chegada da rotina e das contas a pagar na volta da
lua-de-mel, se deparam com um dia a dia bem diferente do sonho da época
de namoro.
O encontro com a realidade pode assustar, mas nem sempre o suficiente para acabar com a vontade de ficar com o cônjuge. Um estudo conduzido pelo Departamento de Desenvolvimento da Família da Universidade da Carolina do Norte (EUA) ao longo de 13 anos e concluído em 2011 mostra isso em números. De 300 casais com menos de um ano de união civil que admitiram que o casamento não era o que esperavam, 27% optaram pelo divórcio antes de chegar às bodas de papel, alegando que o parceiro ou a parceira havia mudado para pior. Uma porcentagem menor, 13%, separou-se no decorrer do período por outros motivos (mais citados: traição, falta de dinheiro e pressão da família). A grande maioria, 60%, preferiu lidar com o cotidiano e manteve o matrimônio durante todo o tempo da pesquisa.
É natural sentir algum estranhamento no início da vida a dois. “Na pré-núpcia, a noiva é a princesa que projeta no futuro marido o príncipe encantado. A mulher contemporânea trabalha, gere sua vida, mas ainda quer ser uma donzela protegida pelo homem”, explica a psicóloga cognitivo-comportamental Karina Haddad Mussa. O psicoterapeuta e psiquiatra Luiz Cuschnir complementa: “Avaliar racionalmente o que vai acontecer depois da cerimônia de casamento transforma o momento de idealizações em um negócio, acaba com o romance”.
Essa fase, porém, deve ser logo superada para que o bom relacionamento e o próprio casamento sejam salvos. Para tanto, é necessário que o homem e a mulher tenham maturidade e autoconhecimento. “O choque de realidade prolongado surge em egos infantilizados, e isso independe da idade. Para amar, é preciso já ter passado por um processo de reconhecimento de si, porque quem não se conhece quer moldar o outro”, afirma Karina. “Há pessoas que se convencem de que o outro é alguém que querem ver. Mais cedo ou mais tarde, cai o ideal e aparece o real. Vão se decepcionar, com certeza”, diz Cuschnir.
Sinais de alerta e o que fazer para melhorar o clima
Dificilmente o marido ou a mulher dirá: “Nosso casamento está aquém das minhas expectativas iniciais”. O descontentamento é mostrado em atitudes. Silêncios longos durante o jantar, falta de intimidade em uma sessão de filme em casa, afastamento sexual, diálogos que se limitam às contas e aos compromissos assumidos e frases como “Você está muito chato(a)” e “Você não era assim quando namorávamos” são indícios fortes de que uma das partes do casal – ou as duas! – não está satisfeita com a convivência.
Ao detectar esses sinais, é hora de conversar, abrir o jogo e estimular o parceiro a expressar o que está sentindo. Depois disso, chegar a um acordo sobre novas atitudes. Uma boa ideia é estipular um dia por semana para saírem separados, cada um com os seus amigos. “Pode auxiliar na adaptação ao novo estilo de vida e ser muito rico para manterem a própria identidade, sem se misturarem em um ‘nós’ o tempo todo”, avalia Cuschnir.
Também é necessário aprender a fazer concessões. Ele quer receber os amigos em casa na noite em que você planejava descansar? Sem problema: dialoguem. Talvez a ideia dele seja apenas colocar o papo em dia, o que a liberará para ficar no quarto assistindo à novela. Mas, se ele fizer questão da sua presença, esteja lá – em uma próxima ocasião, poderá ser você a pedir que ele faça uma forcinha para lhe acompanhar.
“Além disso, a mulher deve evitar virar a ‘boazinha’ que não discute nada com o marido para os problemas resolverem-se sozinhos. Quem faz isso é covarde”, alerta Karina. “É preciso se reinventar sempre, buscar o que dá prazer a ela e aos dois. Fazer cursos e projetos para ter o que oferecer. Isso encanta. A pessoa que se ama é alegre e alegra o outro. O amor maduro dá trabalho e é filho da liberdade, nunca da obrigação e da estabilidade”, finaliza.
O encontro com a realidade pode assustar, mas nem sempre o suficiente para acabar com a vontade de ficar com o cônjuge. Um estudo conduzido pelo Departamento de Desenvolvimento da Família da Universidade da Carolina do Norte (EUA) ao longo de 13 anos e concluído em 2011 mostra isso em números. De 300 casais com menos de um ano de união civil que admitiram que o casamento não era o que esperavam, 27% optaram pelo divórcio antes de chegar às bodas de papel, alegando que o parceiro ou a parceira havia mudado para pior. Uma porcentagem menor, 13%, separou-se no decorrer do período por outros motivos (mais citados: traição, falta de dinheiro e pressão da família). A grande maioria, 60%, preferiu lidar com o cotidiano e manteve o matrimônio durante todo o tempo da pesquisa.
É natural sentir algum estranhamento no início da vida a dois. “Na pré-núpcia, a noiva é a princesa que projeta no futuro marido o príncipe encantado. A mulher contemporânea trabalha, gere sua vida, mas ainda quer ser uma donzela protegida pelo homem”, explica a psicóloga cognitivo-comportamental Karina Haddad Mussa. O psicoterapeuta e psiquiatra Luiz Cuschnir complementa: “Avaliar racionalmente o que vai acontecer depois da cerimônia de casamento transforma o momento de idealizações em um negócio, acaba com o romance”.
Essa fase, porém, deve ser logo superada para que o bom relacionamento e o próprio casamento sejam salvos. Para tanto, é necessário que o homem e a mulher tenham maturidade e autoconhecimento. “O choque de realidade prolongado surge em egos infantilizados, e isso independe da idade. Para amar, é preciso já ter passado por um processo de reconhecimento de si, porque quem não se conhece quer moldar o outro”, afirma Karina. “Há pessoas que se convencem de que o outro é alguém que querem ver. Mais cedo ou mais tarde, cai o ideal e aparece o real. Vão se decepcionar, com certeza”, diz Cuschnir.
Sinais de alerta e o que fazer para melhorar o clima
Dificilmente o marido ou a mulher dirá: “Nosso casamento está aquém das minhas expectativas iniciais”. O descontentamento é mostrado em atitudes. Silêncios longos durante o jantar, falta de intimidade em uma sessão de filme em casa, afastamento sexual, diálogos que se limitam às contas e aos compromissos assumidos e frases como “Você está muito chato(a)” e “Você não era assim quando namorávamos” são indícios fortes de que uma das partes do casal – ou as duas! – não está satisfeita com a convivência.
Ao detectar esses sinais, é hora de conversar, abrir o jogo e estimular o parceiro a expressar o que está sentindo. Depois disso, chegar a um acordo sobre novas atitudes. Uma boa ideia é estipular um dia por semana para saírem separados, cada um com os seus amigos. “Pode auxiliar na adaptação ao novo estilo de vida e ser muito rico para manterem a própria identidade, sem se misturarem em um ‘nós’ o tempo todo”, avalia Cuschnir.
Também é necessário aprender a fazer concessões. Ele quer receber os amigos em casa na noite em que você planejava descansar? Sem problema: dialoguem. Talvez a ideia dele seja apenas colocar o papo em dia, o que a liberará para ficar no quarto assistindo à novela. Mas, se ele fizer questão da sua presença, esteja lá – em uma próxima ocasião, poderá ser você a pedir que ele faça uma forcinha para lhe acompanhar.
“Além disso, a mulher deve evitar virar a ‘boazinha’ que não discute nada com o marido para os problemas resolverem-se sozinhos. Quem faz isso é covarde”, alerta Karina. “É preciso se reinventar sempre, buscar o que dá prazer a ela e aos dois. Fazer cursos e projetos para ter o que oferecer. Isso encanta. A pessoa que se ama é alegre e alegra o outro. O amor maduro dá trabalho e é filho da liberdade, nunca da obrigação e da estabilidade”, finaliza.
Fonte: http://delas.ig.com.br/amoresexo/2012-05-05/casamento-nao-e-conto-de-fadas-mas-da-para-conquistar-o-final-feliz.html
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