segunda-feira, 21 de maio de 2012

Especialistas ensinam a escolher o convite de casamento perfeito

Peça deve retratar estilo de vida dos noivos e funcionar como espécie de “aperitivo” da celebração.

O convite ideal é aquele que melhor retrata o estilo de vida dos noivos e combina com o casamento planejado por ambos. “O convite é o primeiro contato do convidado com o casamento”, explica Débora Cheruti, proprietária da Abelha Catita, empresa de design em papelaria. “Quando um casal pensa dessa forma, fica mais fácil encontrar o caminho em relação ao tipo de convite a ser feito”.

Tradicional ou descolado? Clássico ou divertido? A primeira definição diz respeito ao estilo. Para ajudar a decidir, Débora sugere se colocar no lugar do convidado e imaginar que mensagem o convite vai transmitir.
Divulgação
Convite é "aperitivo" de como será a cerimônia e deve combinar com o tom do casamento. Da Abelha Catita
Acompanhando o estilo vem a escolha do papel. Há opções para gostos e bolsos diferentes. O papel reciclado é ecologicamente correto, porém mais caro. Os metálicos também pesam mais no bolso. “Metálicos são mais sofisticados. Mas por serem mais caros, apenas cerca de 40% dos clientes optam por eles”, estima Carol Fernandes, da Espaço do Casamento. Segundo Carol, os papéis nacionais foscos são os mais usados.
Divulgação
Convite com toque retrô. Da Chez Cris
Personalidade no envelope O convite é o primeiro fator a criar a expectativa da celebração no convidado. Por isso, ele deve funcionar como um aperitivo de como será a cerimônia e a festa, ou brincar com preferências e elementos da vida dos noivos.

Mesmo que o convite, acompanhando o tom do casamento, siga o estilo clássico, é possível personalizar. “Por mais tradicional que o convite possa ser, algum detalhe que represente o casal deve sempre ser incorporado. Pode ser uma frase ou o trecho de alguma música que marcou o relacionamento”, concordam as sócias Paula Ibias e Danielle Pirotti, da Realizzare Assessoria de Casamentos.
Para um resultado original e divertido, o envolvimento entre noivos e fornecedores é essencial. “Vivenciar o processo de confecção de um convite de casamento também faz parte da realização de um sonho”, acredita Cristine Cartacho, designer e dona da papelaria especializada Chez Cris.

A cara dos noivos
Convites menos tradicionais estão ganhando a preferência dos noivos como Diana Azevedo dos Anjos, 23 anos, e Eric Toshikazu Hantani, 24 anos, ambos professores de inglês. Moradores de Belém do Pará, eles vão se casar em novembro e o convite, que acabou de ficar pronto, tem uma caricatura dos dois inspirada numa foto do casal, já que tudo foi acertado por internet.
“Íamos escolher um convite simples, sem foto nem nada, mas queríamos algo mais descontraído. Então, vimos as caricaturas e adoramos, são bem a nossa cara. O resultado ficou lindo e valeu a pena”, conta a noiva.
Divulgação/Arquivo Pessoal
Diana e Eric de verdade e no convite: foto serviu de base para a caricatura
Já o convite de Ariane Godoy, 23 anos, coordenadora de marketing e Evandro Ernani, 25 anos, gerente de TI, nasceu de um simples pedaço de papel. A noiva tinha uma amostra de papel marrom pela qual se apaixonou um ano antes. Ela também escolheu duas corujinhas como símbolo para a papelaria. Com um casamento de tema rústico e aconchegante, os elementos se encaixaram perfeitamente.

Fonte:http://delas.ig.com.br/noivas/cerimoniaefesta/2012-05-19/especialistas-ensinam-a-escolher-o-convite-de-casamento-perfeito.html

sábado, 5 de maio de 2012

Os seis vilões do casamento

Rotina, filhos e até o videogame. Os desafios da vida a dois e como evitar desgastes e distanciamento


A vida do casal depois da lua-de-mel não é feita só de romance. A rotina revela vilões que muitas vezes colocam o encanto e o amor em perigo. Os jantares em restaurantes descolados dão lugar ao lanche rápido no balcão da cozinha, e o tempo compartilhado ao final do dia, quem diria, agora é usado para jogar videogame e atualizar o Facebook.

Sim, as mudanças são naturais ao longo do tempo, porém é preciso atentar para os exageros em busca de relações mais harmoniosas e satisfatórias para os dois lados. Feras em terapia de casal e autoras de livros sobre o assunto, Lidia Aratangy e Magdalena Ramos apontam caminhos para lidar com os seis potenciais vilões do casamento e do sexo.

1.Tarefas domésticas
Dividir o mesmo teto significa dividir também a pilha de louça para lavar. E as brigas envolvendo trabalhos domésticos são comuns. Se a trabalhosa compra do mês e os copos fora do lugar andam disparando discussões, "então está na hora de distribuir as tarefas de maneira justa", avalia a mediadora de conflitos Magdalena Ramos. A recomendação é que cada um escolha as responsabilidades de acordo com suas habilidades e preferências, mesmo que tenham feito tudo diferente por vários anos. “As mulheres tendem a pegar mais coisas para fazer, porém com o tempo começam a se ressentir e reclamar”, alerta. Segundo a terapeuta Lidia Aratangy, não deve existir o conceito de “ajudar em casa”, já que a responsabilidade é igual para os dois. A hora da faxina – ou mesmo a orientação de uma faxineira – deve servir como um exercício de companheirismo, e não virar um cabo de guerra.

Foto: Arte iG/Will Murai
É preciso companheirismo na hora da faxina e organização





2. As crianças
É consenso entre os especialistas que os filhos reduzem o tempo a sós do casal e a rotina sexual – reduzem, não eliminam. Os primeiros anos são os mais difíceis. “É uma temporada sem ‘eu e você’. Paciência, isso volta“, diz Magdalena. Separar um momento diário para conversar e brincar com as crianças é uma tentativa para que elas interrompam menos os pais durante outras atividades. “Quando eles sabem que terão um espaço para serem ouvidos, não ficam insistindo e atrapalhando”, diz Aratangy. De acordo com Magdalena, é normal que os pais discordem com o estilo do outro de educar. O caminho para evitar conflitos é realmente conversar e tentar um equilíbrio construtivo.
Foto: Arte iG/Will Murai Ampliar
Amantes ou pais? Depois dos filhos é normal essa divisão ficar complicada


3. Televisão, computador e videogame
Como é bom chegar em casa e simplesmente relaxar. Televisão, jogos eletrônicos e novelas não são inimigos do casamento, desde que não isolem um dos pares. “Muita gente mora sob o mesmo teto, mas não compartilha nada. Em função disso, não constroem uma relação”, aponta Magdalena. Com o tempo, a distância entre os dois cresce e o tédio aumenta. Contudo, abrir totalmente mão de fazer o que gosta também não é o caminho. “É uma equação complicada conciliar o território das coisas partilhadas com os interesses individuais, que precisam ser mantidos”, avalia Lidia. “Um bom antídoto é perguntar como foi o dia do outro, escutar, esse já é um grande passo”, diz. Outra boa ideia é incluir o(a) parceiro(a) no programa – que tal jogar em equipe?
Foto: Arte iG/Will Murai
É um desafio conciliar o tempo livre entre a convivência e a diversão individual
4. Descuido como corpo
Compartilhar um pote de sorvete durante o filme, preparar aquela receita calórica ou bebericar todos os dias num happy hour caseiro; quem não gosta? Pesquisas revelam que o casamento faz bem para a saúde, mas engorda. Além disso, a natural sensação de segurança pode gerar certo relaxamento, que até pode ser bom, desde que não vire desleixo. “Não precisa estar de salto alto, mas também não precisa estar com a camiseta furada”, diz Aratangy. O descuido, ela conta, demonstra falta de interesse: homens e mulheres deixam de se cuidar porque acham que não são mais notados ou avaliados da mesma maneira pelo(a) parceiro(a). Assim, elogios podem estimular a autoestima e o desejo de caprichar mais no visual. O primeiro passo, no entanto, é cuidar da própria imagem.

Foto: Arte iG/Will Murai
Casamento não é desculpa para descuidar da balança ou da depilação

5. Intimidade demais
Atenção para não confundir intimidade com falta de boas maneiras. Como os dois passam muito tempo juntos, é natural que não tenham vergonha um do outro. Isso é bom, mas com limites. “Fechar a porta para fazer xixi é sinal de respeito e dignidade, e isso tem que ser mantido”, exemplifica Lidia. Ela diz que a acomodação leva os casais a compartilharem demais: acham que se conhecem tanto que não há mais surpresas. A partir daí não demora muito para alguém espremer uma espinha ou até soltar gases na frente do outro. E assim aquele mistério, que tempera a relação, fica ameaçado.
Foto: Arte iG/Will Murai Ampliar
Banheiro de porta fechada "é sinal de respeito e dignidade"
6. Rotina e cansaço
É natural que o cansaço do dia a dia desestimule a interação entre os pares. Porém, desfrutar dos momentos juntos é fundamental para manter a saúde da união. Jantar separados ou na frente da televisão desperdiça um horário de troca precioso. Claro, a vida não é uma festa, todo mundo pode ter um dia ruim no trabalho ou estresse no trânsito. Assim, saber como administrar isso e, principalmente, não descontar o nervosismo no outro, é prática dos casais felizes. As brigas não devem se tornar constantes e permanentes, esperando que o dia a dia fique mais fácil ou com menos cobranças. “O casal maduro tem uma lógica equilibrada e adequada. Às vezes precisamos dispensar algumas discussões e viver mais a relação”, avalia Lidia.
Foto: Arte iG/Will Murai
Para ter uma relação saudável é preciso deixar alguns problemas e discussões de lado


Fonte: http://delas.ig.com.br/amoresexo/os+seis+viloes+do+casamento/n1597190837978.html

Noite exclusiva na semana é hábito para casamento feliz

Pode até parecer uma situação forçada, porém um estudo aponta que o date night traz bons resultados para o relacionamento

O National Marriage Project (Projeto Nacional do Casamento), grupo da Universidade de Virginia, nos EUA, publicou um relatório que mostra os benefícios do date night. A prática consiste em reservar uma noite da semana para curtir experiências ao lado do cônjuge, sem interferência de filhos nem amigos. As opções de encontros para fugir da rotina vão desde conhecer um novo restaurante até passar a noite no motel, tudo vai depender das preferências do casal.

Foto: casal Ampliar
Marcar um dia da semana para “namorar o marido” traz benefícios para o relacionamento

Os casais que têm o compromisso de se encontrarem para namorar pelo menos uma vez por semana são mais felizes e têm uma vida sexual mais satisfatória do que os casais que não reservam um tempo para os dois, indica o relatório.
As taxas de divórcio entre os casais que colocam este momento a dois em sua rotina são menores do que as dos casais que não fazem date nights. “Estes encontros ajudam a abrir o canal de comunicação entre o homem e a mulher”, diz Mara Khül Rossi, especialista e mestre em terapia de família e casal pela PUC-SP. “Quando um sabe o que se passa na vida do outro, as novidades não assustam e a adaptação às mudanças é melhor”, completa.
“É um exercício bastante importante, o casal precisa desse tempo. Para um relacionamento ser bom, tem de ser uma das prioridades da vida, junto com trabalho, filhos e o que mais for importante”, explica Cristiana P. G. Pereira, terapeuta de casal e família e coordenadora do Instituto de Terapia Familiar de São Paulo. “Mas não é para fazer discussões de relacionamento”, recomenda Mara. “A ideia é compartilhar sonhos, retomar antigos projetos, falar sobre a vida, bater papo mesmo”, completa.
O compromisso pode ir além de uma noite feliz para o casal, com benefícios que se estendem por toda a semana. “Marcar encontros com o marido ou mulher faz com que os dias que precedem sejam cheios de ansiedade, e os seguintes, cheios de lembranças”, conta a psicóloga, sexóloga e coordenadora do projeto Ambsex Carla Cecarello. “Você pensa no encontro, nas conversas, e quando as lembranças acabam já esta na hora de outro”.
Para decidir o que fazer, o melhor é conversar e entrar em um consenso. O encontro tem de ser bom para os dois. O psicólogo e terapeuta de casais Fábio Caló, do Instituto de Psicologia Aplicada de Brasília, chama atenção para a importância da flexibilidade nessa hora. “Quando os interesses são os mesmos é fácil escolher um programa, mas se o casal tem gostos diferentes, é bom lembrar que tudo o que é importante na nossa vida requer sacrifícios. E não é um sacrifício tão grande assim assistir ao filme que ele escolheu uma vez, e na vez seguinte assistir ao filme preferido dela, para o bem do relacionamento”.
Se ainda assim for difícil ter ideias para sair da rotina, aqui vai uma ajuda. Separamos sete sugestões para colocar na agenda o agradável compromisso semanal.
Nossa noite
Reserve uma noite da semana para ser especial. Toda quinta-feira, por exemplo, é o dia de namorar. E não importa se um dos dois está cansado ou se as amigas chamaram para tomar um chope, compromisso é compromisso, não pode ser desmarcado. “Ao colocar o outro como prioridade, ele se sente valorizado, fica feliz e prioriza também. É um círculo virtuoso”, diz Cristiana.
Proibido para menores
Essa noite é de vocês, então nada de filho pedindo atenção. “Depois do nascimento do primeiro filho os momentos a dois do casal passam a ser raros. As oportunidades de intimidade que eram simples tornam-se difíceis de criar”, alerta Caló. Veja se algum amigo ou familiar pode tomar conta da criança, senão pense em contratar uma babá. Coloque este gasto em seu orçamento e considere um investimento em sua relação.
No escurinho do cinema
Que tal passar duas horas com seu amor assistindo um filme? De mãos dadas, encostando a cabeça no ombro dele dá até para lembrar a época de namorados. E depois do filme, durante o jantar ou mesmo na volta para casa não vai faltar assunto para vocês comentarem.
Por escrito
Imagina que surpresa gostosa chegar ao trabalho, abrir a bolsa e encontrar um bilhetinho carinhoso de seu marido? Pode apostar que ele também gostaria de colocar a mão no bolso da calça para pegar as chaves e encontrar um recado seu. Um SMS no meio do dia também é uma boa ideia. Não custa quase nada e rende no mínimo um sorriso no rosto.
Ao ar livre
Se vocês gostam de se exercitar, uma caminhada no parque perto de casa ou pelas ruas do bairro pode ser uma ótima oportunidade para colocar a conversa em dia. “A conversa é um bálsamo para a relação. Saber como o outro está se sentindo é muito importante”, diz Cristiana.
Surpresa sexy
Que tal ir ao motel com seu amor? Mas em vez de irem juntos, você pode chegar antes e esperar por ele já no quarto, com uma lingerie diferente. “Essas surpresas são muito benéficas para a vida sexual do casal. No dia do encontro os dois ficam ansiosos pensando no que vão fazer e como serão surpreendidos”, conta Carla.
Sem sair de casa
Já pensou em fazer um piquenique dentro de casa? Coloque os móveis da sala para o lado, estique uma toalha no chão, escolha comidas bem gostosas e abra uma garrafa de vinho. É um bom programa para fazer a dois, especialmente se o dinheiro está curto e ir ao restaurante não é uma opção.
Você tem outras ideias de encontros que podem animar a rotina do casal? Deixe sua sugestão nos comentários.

Fonte: http://delas.ig.com.br/amoresexo/noite-exclusiva-na-semana-e-habito-para-casamento-feliz/n1597660807773.html

“Casais precisam entender que a felicidade é transitória”, diz Ana Canosa

Consultora sentimental do programa "Eliana" fala ao Delas sobre as brigas e os desentendimentos mais comuns nos casamentos

Divulgação SBT
Divisão de tarefas, questões financeiras, discordância com a educação dos filhos e a sogra são os principais motivos de brigas entre marido e mulher, afirma especialista Ana Canosa
“Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”. O ditado popular é contrariado pela psicóloga e terapeuta sexual Ana Canosa, um tipo de Supernanny dos casados.

Titular do quadro “Família Pede Socorro”, que estreou no programa “Eliana” (SBT), no último dia 15, ela não só interfere, como também soluciona conflitos conjugais. Aliás, a especialista diz que as divergências entre os casais estão geralmente baseadas na ideia equivocada de felicidade contínua.

“Os casais precisam entender que a felicidade é transitória, e não uma constante nas relações”, alerta Ana. Isso não quer dizer que ser infeliz ao lado de alguém é normal e aceitável, mas aprender a lidar com altos e baixos – de alegria, de tesão e de cumplicidade – é requisito básico para quem sonha em subir ao altar.

Logo na estreia de seu quadro na televisão, Ana teve um conflito complicado para resolver. De um lado, havia um marido furioso com as interferências da sogra em seu casamento. Do outro, uma mulher magoada com as traições do companheiro. Para solucionar o drama conjugal, a conciliadora fez um tratamento de choque. A dupla em crise foi obrigada a vivenciar uma suposta audiência de separação num “tribunal”, que foi montado no estúdio do programa. Na frente de um juiz, interpretado por um ator, eles acabaram percebendo que a relação merecia mais uma chance, agora sem brigas.

Mas de acordo com a conciliadora, os casais estão cada vez menos dispostos a dar essa segunda chance quando um casamento entra em crise. “As pessoas estão muito autônomas e se acham autossuficientes, investem menos na relação em longo prazo, desistem logo”, ressalta.

Por que os casais brigam tanto?Os motivos que levam marido e mulher a brigar são diferentes, segundo Ana. Elas ficam totalmente desestimuladas quando seus pares não ajudam nas tarefas domésticas ou na educação dos filhos. Essa não divisão de tarefas é interpretada como pouco amor e falta de consideração. “Muitas reclamam também da falta de intimidade, e não estamos falando de sexo, mas de conversar sobre os mais variados assuntos”, explica.

Nas queixas deles, a falta de intimidade se refere mesmo à falta de sexo. Os maridos reclamam ainda que têm menos relações sexuais do que gostariam e que o desejo sexual feminino é geralmente baixo, muito diferente da época de namoro. Como era de se esperar, a insatisfação combinada dos dois lados gera infelicidade e muitas brigas.

Casamento sem sexoPor vários motivos a frequência sexual dos casais costuma diminuir com o tempo, sem que isso signifique necessariamente falta de amor entre os parceiros. “O amor é um sentimento que nasce na relação com o outro, que visa o bem-estar, o bem-querer. Já o sexo é uma energia curiosa e criativa, que nasce no próprio sujeito, independe do outro”, esclarece Ana.

Para homens e mulheres, a conquista é uma fase extremamente estimulante do jogo sensual, e obviamente, depois de alguns anos de convivência, a segurança elimina qualquer possibilidade de sentir “frio na barriga”. Vale a pena abrir mão do casamento para viver outras emoções? Casamentos mais liberais resolvem este problema? Investir em recursos para reacender o interesse mútuo é uma saída? Tudo isso deve ser discutido caso a caso, não existe uma fórmula única para todos os casais. Pior é ignorar.

Crise dos sete anos antecipada
A já citada falta de paciência dos casais com os conflitos tem antecipado a conhecida "crise dos sete anos". Com tantos compromissos e estresse da vida moderna, lidar com mais um problema é a última coisa que qualquer pessoa deseja ao chegar em casa. Ana conta que hoje vários casamentos acabam muito antes deste tempo – a crise dos sete anos deveria sinalizar o primeiro grande conflito a ser superado, e não o ponto final. A expert até lista os principais detonadores das brigas. Em ordem aleatória, são eles: a divisão de tarefas, as questões financeiras, a falta de comunicação, a discordância com a educação dos filhos e os problemas com a família do outro.

Dentre os problemas familiares, se destacam os conflitos com a sogra. Mas quanto a isso, a conciliadora tem uma opinião bem clara. “A sogra só destrói o casamento se o filho (ou a filha) permitir. O filho deve ser o primeiro a colocar limites na própria mãe, e depois a esposa também precisa agir”, avisa.

Com relação aos filhos, a falta de estrutura psicológica de muitos casais é percebida de forma mais clara com a chegada deles. E o que era para ser motivo de alegria acaba provocando crises consecutivas. “Ter filho dentro do casamento é um projeto que deve ser dos dois, um desejo do marido e da mulher”, lembra a conciliadora. “Eles devem estar dispostos a abrir mão de um modo de viver por outro. Quando o filho é um projeto individual, a estrutura familiar tende a ser abalada”, completa Ana. O projeto de aumentar a família também não deve acontecer por uma motivação errada, como a ideia de ‘salvar a relação’. “É um erro gravíssimo”, adverte.

Final Feliz Entre as três causas apontadas por Ana como principais motivadoras da separação, só a violência parece ser incontornável. As outras duas – a infidelidade e a sensação de não ser amado – podem ser resolvidas se o casal estiver disposto a recuperar o casamento. “Se eles desejarem-se como parceiros e enfrentarem os problemas juntos, bem como desfrutarem das conquistas e dos prazeres, a somatória pode desencadear um belo ‘final feliz'”.


Fonte: http://delas.ig.com.br/amoresexo/2012-04-28/casais-precisam-entender-que-a-felicidade-e-transitoria-diz-ana-canosa.html

Casamento não é conto de fadas, mas dá para conquistar o final feliz

Autoconhecimento e maturidade são essenciais para encarar a realidade da vida a dois

Imagine viajar para curtir o calor da Flórida e, ao sair do avião, descobrir que foi levada aos Alpes Suíços. Mesmo achando os dois destinos deliciosos, o choque com a mudança é brutal, já que nem roupas adequadas para o clima local você tem. É mais ou menos essa a sensação de muitos recém-casados, que idealizam um conto de fadas para depois do “sim” e, com a chegada da rotina e das contas a pagar na volta da lua-de-mel, se deparam com um dia a dia bem diferente do sonho da época de namoro.
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Ao perceber sinais de insatisfação no casamento é melhor conversar, abrir o jogo e ouvir o parceiro
O encontro com a realidade pode assustar, mas nem sempre o suficiente para acabar com a vontade de ficar com o cônjuge. Um estudo conduzido pelo Departamento de Desenvolvimento da Família da Universidade da Carolina do Norte (EUA) ao longo de 13 anos e concluído em 2011 mostra isso em números. De 300 casais com menos de um ano de união civil que admitiram que o casamento não era o que esperavam, 27% optaram pelo divórcio antes de chegar às bodas de papel, alegando que o parceiro ou a parceira havia mudado para pior. Uma porcentagem menor, 13%, separou-se no decorrer do período por outros motivos (mais citados: traição, falta de dinheiro e pressão da família). A grande maioria, 60%, preferiu lidar com o cotidiano e manteve o matrimônio durante todo o tempo da pesquisa.

É natural sentir algum estranhamento no início da vida a dois. “Na pré-núpcia, a noiva é a princesa que projeta no futuro marido o príncipe encantado. A mulher contemporânea trabalha, gere sua vida, mas ainda quer ser uma donzela protegida pelo homem”, explica a psicóloga cognitivo-comportamental Karina Haddad Mussa. O psicoterapeuta e psiquiatra Luiz Cuschnir complementa: “Avaliar racionalmente o que vai acontecer depois da cerimônia de casamento transforma o momento de idealizações em um negócio, acaba com o romance”.

Essa fase, porém, deve ser logo superada para que o bom relacionamento e o próprio casamento sejam salvos. Para tanto, é necessário que o homem e a mulher tenham maturidade e autoconhecimento. “O choque de realidade prolongado surge em egos infantilizados, e isso independe da idade. Para amar, é preciso já ter passado por um processo de reconhecimento de si, porque quem não se conhece quer moldar o outro”, afirma Karina. “Há pessoas que se convencem de que o outro é alguém que querem ver. Mais cedo ou mais tarde, cai o ideal e aparece o real. Vão se decepcionar, com certeza”, diz Cuschnir.

Sinais de alerta e o que fazer para melhorar o clima
Dificilmente o marido ou a mulher dirá: “Nosso casamento está aquém das minhas expectativas iniciais”. O descontentamento é mostrado em atitudes. Silêncios longos durante o jantar, falta de intimidade em uma sessão de filme em casa, afastamento sexual, diálogos que se limitam às contas e aos compromissos assumidos e frases como “Você está muito chato(a)” e “Você não era assim quando namorávamos” são indícios fortes de que uma das partes do casal – ou as duas! – não está satisfeita com a convivência.

Ao detectar esses sinais, é hora de conversar, abrir o jogo e estimular o parceiro a expressar o que está sentindo. Depois disso, chegar a um acordo sobre novas atitudes. Uma boa ideia é estipular um dia por semana para saírem separados, cada um com os seus amigos. “Pode auxiliar na adaptação ao novo estilo de vida e ser muito rico para manterem a própria identidade, sem se misturarem em um ‘nós’ o tempo todo”, avalia Cuschnir.

Também é necessário aprender a fazer concessões. Ele quer receber os amigos em casa na noite em que você planejava descansar? Sem problema: dialoguem. Talvez a ideia dele seja apenas colocar o papo em dia, o que a liberará para ficar no quarto assistindo à novela. Mas, se ele fizer questão da sua presença, esteja lá – em uma próxima ocasião, poderá ser você a pedir que ele faça uma forcinha para lhe acompanhar.

“Além disso, a mulher deve evitar virar a ‘boazinha’ que não discute nada com o marido para os problemas resolverem-se sozinhos. Quem faz isso é covarde”, alerta Karina. “É preciso se reinventar sempre, buscar o que dá prazer a ela e aos dois. Fazer cursos e projetos para ter o que oferecer. Isso encanta. A pessoa que se ama é alegre e alegra o outro. O amor maduro dá trabalho e é filho da liberdade, nunca da obrigação e da estabilidade”, finaliza.

 
Fonte: http://delas.ig.com.br/amoresexo/2012-05-05/casamento-nao-e-conto-de-fadas-mas-da-para-conquistar-o-final-feliz.html